Afinal, pra que saber com quem te deitas?
Apenas quero que te deites comigo.
É desejo sim. Amor, admiração
Quero deitar-me com a paixão.
Experimentar
o prazer mais que carnal
de saberes escondidos,
rico em sentidos e sentimentos embolados
que enjoam o estômago e aprumam a alma.
Pra que saber se é pecado?
Se a conduta pune?
Se outros olhos questionam?
Quero mesmo é viver este desejo.
Se ele revoluciona isso é para os outros,
No porvir d’ondulação desta vontade.
Eu habito lá, no depois da revolução,
onde o desejo já é fato,
criadouro do impossível.
Agora vem, segura a minha mão
e com teu saber desvela o seio
que guarda o brilho da floresta.
Esquece só agora o que tens e o que deves,
sente e vive o diminuto instinto
que abre portas nunca abertas
e as portas bem fechadas
por quem bebe nossas veias
E mastiga nossa luz.
Não olhe para trás,
olhe para todos os lados.
Cada lado é sempre frente
se com o corpo és uno.
Não pare, vem,
é nossa chance de escapar do que se manda,
conecta teus dedos nesta terra que aguarda sementes verdadeiras.
Sejamos ervas daninhas, que ceifadas hoje, crescem de novo amanhã,
Porque não temos fim,
Tampouco há começo,
E nunca se sucumbe quando se está em todos.
Vem, deita-te comigo e incendeia o velho mundo.
Vanessa De Aquino
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