Enquanto os outros têm sua solidão,
Eu tenho a minha liberdade.
While others have their loneliness
I have my freedom.
Emmanuelle de Aquino.
Monday, December 9, 2013
Wednesday, September 11, 2013
Post Mortem
Quando eu morrer, não quero que pensem no que me matou,
quero que se recordem daquilo que me fez viver.
When I die, don't think about what killed me.
Just remember what made me live.
When I die, don't think about what killed me.
Just remember what made me live.
Vanessa Emmanuelle.
Wednesday, August 21, 2013
Lembranças Da Mulher Que Disse Não.
Ela era bonita, mas não era isso.
Tinha um esplendor na alma, uma melancolia na alegria, um não sei o quê pintado nas pálpebras, que vestiam seus olhos sensuais com fogo e razão.
Era tão paradoxal. Inofensiva, mas tão letal.
Doce carrasca das minhas noites de solidão.
Me deixava a míngua desejando que ela cumprisse as promessas que nunca fez, mas que seus olhos entregavam.
Fiquei assim por anos. Sentado a luz da lua diante da janela, nossa única conexão por vezes.
Além de sua misteriosa silhueta na janela, eu também via outros homens que iam ter com ela. Saiam todos de lá apenas com seu cheiro de flor nos pulmões, mas sem consumações.
Ela não nos dava nada, mas tanto eu quanto os outros homens a quem ela amistosamente colocava para fora de sua vida, saíamos esperançosos, com o peito cheio de sonhos.
Por vezes eu até desejei que qualquer outro homem a conquistasse, pois esta seria também minha vitória.
Nos iludia com verdades a menina. Eu tocava uma serenata, ela cantava. Eu me apaixonava, ela dormia de coração limpo.
E quantas vezes eu mesmo fiz para ela caixinhas de madeira para guardar seus brincos, plantei rosas para lhe brindar todos os dias. Ela recebia, sorria, dizia que amou. E amava. Mas não me amou nem por uma vez.
Senhora de todos os olhos, ela sem perceber era vista, seguida, observada.
Eu me confundia com o luar, pensando que era seu brilho que as poças nas ruas refletiam. Mas não, era ela que de vez em quando passeava nua pelas ruas. Nua na minha imaginação, na imaginação do meu vizinho e dos outros.
Ela era charmosa, mas não era isso.
Tinha um amor verdadeiro no coração e a alma despida das coisas más. Justiça, força, firmeza, tão severa era a senhorita.
Não buscava o amor, era apenas amiga. O amor no entanto sim, caiu por esta melodia em forma humana. Ela nem se incomodava em escutar outra melodia qualquer que não a sua.
Depois aprendi que ela sim queria um amor, mas era o amor de Julieta. E shakespeareana, tomou o elixir, o veneno e se apunhalou. Queria ter um caso eterno de amor com a vida e se guardou para amar um único amante, seu eu.
Entre nós ela se tornou uma lenda. Alguém que causa em nós tanta paixão, sem dar nada, sem compartilhar sonhos, sem nem dar bola mesmo. E muitas vezes ela disse que não acreditava no meu amor... e disse isso pra um milhão de cavalheiros, montados nos seus melhores cavalos, trazendo as mais belas flores.
Se mudou pra longe, talvez pra um mosteiro no Tibet, talvez pra um deserto sem flor. Nunca mais se falou de tal formosa dama, mas os olhares tristes e perdidos daqueles que a encontraram, contam essa história.
Resta saber se estando lá longe, guardada feito diamante no cofre mais longínquo da natureza, ela vai, um dia, libertar meu coração.
Tinha um esplendor na alma, uma melancolia na alegria, um não sei o quê pintado nas pálpebras, que vestiam seus olhos sensuais com fogo e razão.
Era tão paradoxal. Inofensiva, mas tão letal.
Doce carrasca das minhas noites de solidão.
Me deixava a míngua desejando que ela cumprisse as promessas que nunca fez, mas que seus olhos entregavam.
Fiquei assim por anos. Sentado a luz da lua diante da janela, nossa única conexão por vezes.
Além de sua misteriosa silhueta na janela, eu também via outros homens que iam ter com ela. Saiam todos de lá apenas com seu cheiro de flor nos pulmões, mas sem consumações.
Ela não nos dava nada, mas tanto eu quanto os outros homens a quem ela amistosamente colocava para fora de sua vida, saíamos esperançosos, com o peito cheio de sonhos.
Por vezes eu até desejei que qualquer outro homem a conquistasse, pois esta seria também minha vitória.
Nos iludia com verdades a menina. Eu tocava uma serenata, ela cantava. Eu me apaixonava, ela dormia de coração limpo.
E quantas vezes eu mesmo fiz para ela caixinhas de madeira para guardar seus brincos, plantei rosas para lhe brindar todos os dias. Ela recebia, sorria, dizia que amou. E amava. Mas não me amou nem por uma vez.
Senhora de todos os olhos, ela sem perceber era vista, seguida, observada.
Eu me confundia com o luar, pensando que era seu brilho que as poças nas ruas refletiam. Mas não, era ela que de vez em quando passeava nua pelas ruas. Nua na minha imaginação, na imaginação do meu vizinho e dos outros.
Ela era charmosa, mas não era isso.
Tinha um amor verdadeiro no coração e a alma despida das coisas más. Justiça, força, firmeza, tão severa era a senhorita.
Não buscava o amor, era apenas amiga. O amor no entanto sim, caiu por esta melodia em forma humana. Ela nem se incomodava em escutar outra melodia qualquer que não a sua.
Depois aprendi que ela sim queria um amor, mas era o amor de Julieta. E shakespeareana, tomou o elixir, o veneno e se apunhalou. Queria ter um caso eterno de amor com a vida e se guardou para amar um único amante, seu eu.
Entre nós ela se tornou uma lenda. Alguém que causa em nós tanta paixão, sem dar nada, sem compartilhar sonhos, sem nem dar bola mesmo. E muitas vezes ela disse que não acreditava no meu amor... e disse isso pra um milhão de cavalheiros, montados nos seus melhores cavalos, trazendo as mais belas flores.
Se mudou pra longe, talvez pra um mosteiro no Tibet, talvez pra um deserto sem flor. Nunca mais se falou de tal formosa dama, mas os olhares tristes e perdidos daqueles que a encontraram, contam essa história.
Resta saber se estando lá longe, guardada feito diamante no cofre mais longínquo da natureza, ela vai, um dia, libertar meu coração.
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