Thursday, December 23, 2010

Farewell




Farewell, farewell...
My wings are open...



Vanessa Aquino.
I'll miss it! Thanks to everyone who made it so wonderful!

Tuesday, December 14, 2010

Doubt...


"I don't know what to do 
to do not lose you without losing myself." 

(The Book Of Nothingness)
Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Photo: Vanessa E. De Aquino.

Friday, December 3, 2010

A mudança...

"O amor não muda o ser amado, muda você." (O Livro do Nada)

"Love doesn't change the one you love, it changes you." (The Book Of Nothingness)

Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Photo: Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Monday, November 22, 2010

Das Minas



Eu provavelmente nasci no berço da poesia. Lá, todo mundo vê poesia mais do que lê.
Meus amigos olham os céus e dizem: -Que lindo! Meus pais vêem as montanhas e dizem: Que maravilha! Senhoras passeiam pelos jardins e dizem: É Deus!
Já nas terras do norte não parece existir poesia. Todo mundo conhece a lua, mas do ponto de vista do médico.
Sabem seu tamanho, peso e distância e até quantas voltas ela dá, porém, ninguém fala da alma da lua. Debaixo de tantas luzes artificiais e análises científicas a lua fica até feia e sem uso. Acho que de vergonha por ser descaradamente desnudada pela ciência, ela esconde sua aura poética e enigmática.
Já nas Minas o povo faz questão de viajar pro mato onde a lua pode reinar misteriosa na escuridão do céu. Os mineiros vivem a poesia, mastigam-na com a comida do fogão à lenha, nadam na poesia em secretas cachoeiras e nostálgicos, caminham sobre ela quando encontram o barroco das igrejas de Sabará,  Ouro Preto e Diamantina.
Cá onde eu moro não tem poesia e eu fico me sentindo como uma canção do Chico, feito concha jogada no quintal e que embora enxuta, guarda o mar no seu estojo... um mar de morros, o mar de Minas.

Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Thursday, November 11, 2010

Changes


My radiation changes your cravings,
And you hug me.
My scent changes your desires,
And you kiss me.
My eyes change your direction,
And you meet me.
My mind changes again,
And you start it over… me.

Tuesday, November 2, 2010

A Nadadora



Eu não sei se ela nadava bem,
mas afundar não afundava.
Parecia mais estar dançando
uma espécie de balé aquático.
Talvez fosse atriz e ensaiasse
o movimento antes do desmaio
enquanto nadava de costas.
Talvez apenas nunca fora uma nadadora.
Talvez tenha faltado à aula de natação.
Talvez estivesse fazendo charme.
Quem sabe era só sua personalidade.
O que há de se notar é que
apesar do seu nadar tão despido
de técnica e eficiência
nadava poética inspirando-me
ao ponto de escrever-lhe versos.

Setembro, 23, 2010

Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Tuesday, October 26, 2010

Essa Menina

Para a minha menina a quem eu faço reverência.
10/10/10

Era menina-diana, era banho de rio, era muita esperteza, era branca e singela, não fala sua estória sem mudar de cor.

Era um camaleão, capitão de um navio, era meio chuvisco, era forte, era deusa, até boa de bola, era coisa de ator.

Era uma lata de leite, era boba, er'azeite, era um disse-me-disse, era imaginativa, faminta, amiga, expansiva e ardor.

Era risada gostosa, um jeito de gente, violão plangente, lembrava uma nega, era pele de lua e tinha um cobertor.

Essa menina que ensina, que pensa  e que drama, mais canta, mais dança que um fim de semana, parece comigo, mas lembra uma flor.

Era poeta, engraçada, enfermeira ela  era, futrica, bisnaga,  ‘té boa de briga, era bola-de-gude, cansada semana ela sente uma dor.

Era feito porcelana, de ferro e de fama, talento de anjo, dos gregos a trama, até mesmo a questão  que enforcou Calabar.

Eu vi crescer do avesso essa moça, essa mana, que cuida, me mima, me escreve e declama, dirige as vidas do seu altar.

Quando eu passar essa fase me dá outra vida com essa menina que é bem resolvida, pois a eterninade não vai lhe escapar.




Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Monday, October 25, 2010

A Aula de Dança

Ouvia música e era arrebatada, os pés se moviam suavemente e o corpo queria se entregar  aos acordes. A mente se perdia em devaneio, o coração palpitava e me fazia sentir renovada. Era amor, pensei. Precisava encontrar uma forma de libertar o corpo das cadeias da timidez, da auto-consciência, do olho do outro.
Encontrei uma escola de dança. Me inscrevi no curso de danças mais apaixonado possível. Sonhei com as aulas, me preparei. Comprei um vestido  com fitas vermelhas, uns sapatos cheios de más intenções, coloquei na minha bolsa o vestido, os sapatos e o coração.
Aterrisei no estúdio com brilho nos olhos, cabelos presos sem muita ambição, sorriso de lua e expectativas sem fim.
Quando o professor de dança chegou, nos explicou os princípios da dança e nos ensinou como contar. Ao ouvir tal heresia a dança se escondeu atrás do divã, a música tocou à força, os passos ficaram perdidos.
1,2,3,4,5,6,7,8.
1,2,3,4,5,6,7,8.
Aprendi a contar na aula de dança e a minha esperança se atirou pela janela. Meu corpo não sabe contar, quem conta são os matemáticos com sua mania de medir poesia. O meu corpo confuso não acertou sequer um passo. Frustração e um silêncio gélido me dominavam.
Fim de aula. O professor disse: “Se quiserem praticar podem ficar no estúdio.”
A música retomou o fôlego, e sem números dançando pelo ar, ela tocou delicada o assustado coração. Abracei o parceiro de dança e o corpo obedeceu seu comando. Eu podia agora dançar sem explicações, aquilo que jamais se poderá explicar.


Vanessa Emmanuelle de Aquino.


Tuesday, October 19, 2010

El Cuento de la Calle de Las Flores



Había una casa en la Calle de Las Flores donde crecía un rosal. Pero en cada año, al final de la primavera, apenas una rosa floría.

Era una rosa tan hermosa que todos se detenían frente a ella para admirarla. Pero lo que pasaba es  que después de ver la rosa, las personas no eran capaces de reconocer la belleza en todo lo demás. 

Toda la gente admiraba tanto aquella flor que todas las veces que la rosa se murria, a principios del invierno, las personas sentían sus vidas secas y pálidas. Debido a que no les era posible ver la belleza en cualquier otro lugar.

Curiosamente, todos los años cada vez más y más personas se reunian en frente de la casa antes del final de la primavera. Ellos deseabam volver a ver la belleza que no podían más encontrar en ningún otro lugar.

Poco a poco, la multitud empezó a desputar espacio delante de la casa, unos intentaban avanzar, otros empujaban los que tenían mejor ubicación para ver la rosa y de pronto, la gente empezó a matar unos a los otros con fines de tener la oportunidad de ver la rosa una vez más.

Cuando todos estaban muertos, miles de capullos de rosa florecieran a tal punto, donde no se podía ver nada en la calle además de los capullos de rosa, brillantes de color sangre.




Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Monday, September 27, 2010

Infinito Particular

Para a parte da minha alma que nasceu primeiro:
Ketely Aquino.

Conversamos muito sobre o corpo,
sobre as estratégias para fazê-lo ouvir a mente
e a mente ouvir a alma...
Através das palavras descobrimos juntas nossa classificação antropológica.
Com esse sentimento que nem o amor pode nomear anulamos a distância.
Bailando, sorrindo, imaginando e rindo de nós mesmas estamos agora em nosso infinito particular.

Tuesday, September 7, 2010

A cidade


É uma dança
A vida na cidade,  os andares, os andares
Pessoas vão, elevadores vãos... vãos
Luzes, ação, frenesi.

Altas torres abrigam o trabalho,
Pacatas passeatas alimentam guerrilhas cruéis,
Tudo dança nesta cidade.
-É um assalto! É um tiro!

Uns fugindo da justiça,
Uns matando pela paz,
Quem dá paz? Quem dá mais?


Vanessa Aquino.

Friday, September 3, 2010

A diar o dia





Ah o dia...
...em que banhei o corpo em teu olhar que ardia,
...em que nos braços teus quase morri tanta taquicardia,
...em que escondidos das trapaças nossa paixão podia,
...em que a poeira vermelha da estrada nossa roupa encardia...
O dia não queria parar  só por pura covardia.
A correr pr’oeste estávamos em nossa vã ousadia
Na tentativa doce e inútil de adiar o dia...

02 de Abril de 2010

Vanessa Aquino.

Thursday, September 2, 2010

Alma gêmea

Encontrei minha alma gêmea,
mas ela não me reconheceu...
Acho que vou cortar meus cabelos.

Vanessa Aquino.

Thursday, August 26, 2010

Letal


Enquanto fazia uma longa caminhada e falava sobre as coisas da vida e o prazer do autoconhecimento um companheiro de viagem me perguntou com ares de ironia:

“-Se realmente te conheces tanto, conta-me, o que em ti é letal? Enfim, és capaz de dizer qual parte de ti pode ser tão nociva, venenosa, dura a ponto de matar um coração?”

Após a pergunta ponderei, pensei e caminhei continuamente sem dar resposta. Mas sendo o meu companheiro um tanto sagaz, após um longo silêncio me disse:

“Tens razão. O teu silêncio é fatal. Por favor, não me prives das tuas palavras.”

Vanessa de Aquino.

Wednesday, July 21, 2010

"... e quando ele me viu ensimesmada tentando equilibrar uma grande rocha debaixo de meus pés, comprou-me uma dúzia de borboletas encapsuladas em seus casulos..." (O Livro do Nada)
Vanessa Emmanuelle de Aquino.

Sobre a liberdade

"Para ser livre liberte tudo aquilo que você ama..."
"To be free, free everything you love..."

Vanessa Aquino - O Livro do Nada

Tuesday, June 29, 2010

About The Liars

Do you know how it is when the circus arrives in a village?
Everybody gets excited. People want to watch the show, see the artists, be friends with the clowns, fall in love with the trapeze artists, re-connect with the dreams their souls have forgotten.
The show starts and the artists fill up the audience's heart with dreams and promises... some of them are true, but most of them are like soap bubbles, light spheres dancing through the space, so beautiful, so colorful, but totally empty and ephemeral.
The circus can't stay for too long, it has to go before the delicate bubbles fall in the audience's hands and vanish. The circus goes away silently and heavy.
Where is the circus? - The city pleads for the dreams and promises the artists brought, but it gets back to its routine as the truth comes up.
Goodbye colorful bubbles... goodbye empty promises... goodbye adorable liars...

Monday, April 12, 2010

Águas D'alma

Estou cansada do pão de cada dia,
Quero um banquete regado a vinho.
Onde está o Deus que se renova?
N'algum lugar profundo dessas águas...
Onde está a Palavra que me cega
E torna o coração apto a visão?
Beberei um rio inteiro a encontrar
Palavras para um mundo restaurar.

Vanessa Emmanuelle.

Wednesday, March 31, 2010

Boemia Aposentada



Ah! Eu não aguento mais ficar aqui parada,

TV ligada até de madrugada,

Enquando a lua brilha na calçada.


Friday, March 19, 2010

Musical



Eu sou essa moça dos cabelos em desalinho
cujas ancas firmes decidem onde irão os olhos do desejo.
Eu sou essa moça que com as mãos
Acorda os ouvidos dos famintos,
Aguça o paladar dos cegos,
Excita os olhos dos mudos.
Eu sou essa mulher que continua até o fim do corredor
Dançando com pares que se mesclam com as sombras
e que se vão com a iluminação do sol.
Eu sou o ritmo nos seus pés a batucar
E a sonoridade que ensina às notas o seu tom
Eu sou a síncope e o pulso dessa dança louca,
O contraponto desvairado dos seus passos.
Cárcere e liberdade se equilibram em mim,
E se me chamam música é que eu queria assim.

Thursday, March 4, 2010

Bolhas de Sabão


Vejo teus cabelos ao vento,
O dia ensolarado e febril,
Céu de brigadeiro,
Teu riso solto no ar.
Nossas mãos nos segurando,
Tua alegria é agora a minha,
Teus passos são agora os meus,
Estamos completos, felizes, contentes,
Em nossa imensa bolha de sabão.

Vanessa Emmanuelle de Aquino.

03/08/2004

Tuesday, February 23, 2010

Sonhos de Sonhar


Eu nunca fui de realizar sonhos.
Eu sempre gostei de sonhar sonhos.
Se os sonhos se realizaram, foi assim por simples acaso ou por vontade de Deus.
Talvez esse completo descaso pela realização dos meus sonhos, sejam sinal da confiança que tenho...

Eu aprendi a confiar na vida.
Deixo que ela, a vida, brinque com minhas fantasias,
Lembre-me de sonhos que eu esqueci
E guie-me pelo jardim onde plantei desejos.

...A vida, por mais real que possa parecer, é feita unicamente de sonhos.

Vanessa Emmanuelle.

Sunday, January 31, 2010

About My Father


"Pater Noster, qui es in caelis:

sanctificetur nomen tuum: adveniat regnun tuum:
fiat voluntas tua sicut in caelo et in terra.
Panem nostrum quotidianum da nobis hodie:
et dimmite nobis debita nostra,
sicut et nos dimittimus debitoribus nostris.
Et ne nos inducas in tentantionem.
Sed libera nos a malo.


Amen."

God reminds me of my father, for more than a father, it was him who taught me a little bit of the language that seems more likely to be the language God speaks (Although I know God doesn't speak languages... He is the Verb and every verb is part of Him, no matter in what language our hearts speak).

It was also my father who showed me the beauty of Creation, the tenderness of the cultivated fields, the virtue of kindness and so many other magnificent things we have inherited from God.

My father seems like God, because he hides himself regardless of his infinite love, because he acts on my behalf without ruling, without worrying if the good things that happen are going to be his merit or if his children will simply think they are lucky.

I have no luck. I have the sword of good will in my right hand and the shield of justice in front of me.
I have no luck. I have a Father that for so much love gave me another father, so I could get closer to the essence of God and so we could talk promptly and with more substance.

May God allow me to keep this divine connection for many years and that I can have the happiness of sharing with my siblings the fascination it is to have a father that is so much similar to God in his wisdom, patience, selflessness and love.

Amen.

Vanessa Emmanuelle.


This text was written in 2007 and translated now in 2010, so I could share the divine experience I have with my Father with more people. I hope the translation is good enough...


Tuesday, January 19, 2010

About a Special Guy


When my friend came to ask me about the pains of his heart I made him the gift of this book. As I was concerned that he could be deceived by the simplicity of the words Saint-Exupéry used I decided to give him some keys to start opening some real doors:

My dear,

This book, The Little Prince, was not meant to be read by kids, but by those who find the kid inside themselves.
I know that you, like the Little Prince, can see beauty and nature as more valuable things than the values society imposes to us.

This Little Prince, like you, was living alone on his own planet having almost no friends and not much going on in his life.
One day he is gifted a rose. His flower perfumed his planet and even though she was not too modest, she was still exciting and so moving the Little Prince would feel happy. Isn't it what happens when people find someone that can finally give colors to their black and white lives? And why are we always confused with them despite the freshness they give to our souls?
Well, be prepared, flowers are never easy to understand, basically because they are not meant to be understood. It's the Little Prince who says: "I ought not to have listened to her," (...). "One never ought to listen to the flowers. One should simply look at them and breathe their fragrance. Mine perfumed all my planet. But I did not know how to take pleasure in all her grace."

I know, just a few men can be like our little friend. Although every single man carries a kid inside, most of them forget about it... Some devote themselves to their vanity, others to their shame and although we all know it's very ugly to be too conceited or too weak, they were the first ones the Little Prince met on his journey. Therefore, learn this - people are frequently deceived by vanity, pride, power or failure and for this they cannot take care of any other thing than themselves. My friend, don't become one of them, there are many out there already. One cannot look at the stars or find love by looking at himself in the mirror.

It looks like it took some time to the Little Prince to understand that friendship is scarce in Earth and that you have to give more than receive. As you will see, the Prince was so impatient to go on and make new friends, if it was not for the fox to beg him to stay and tame him, the Little Prince would have lost a great secret just a friend can tell. Well, the secret... I'll let the fox tell you. But I have to let you know this - to avoid deception you should like your friends more than they like you and give them more than you have. The impossibility of giving more than you have is what makes the miracle of friendship or love... trust me on this.

Indeed it is a friend's responsibility to help you to see better. This is why I'm giving you this book, but I'll give you an extra key in case you find your rose too complex. Like the rose the Little Prince loved, your flower can make you feel guilty, but still set you free and you may not understand it. Oh! Explaining love is useless, but sometimes it's necessary to be apart to know a rose better and genuine roses know it.

One more thing, just a relationship can give meaning to things in your life. As the fox cries out "Oh! I shall weep" when the Little Prince announces he is going away, we learn that it is still worth it because of the wheat fields. Don't be silly, the wheat fields are anything you found meaningful because of a relationship, just like the T means a lot to me just because it sings the songs you used to sing to me when I was sad... when we used to commute together. Now you're not close anymore, but I still have the T...

Still, you may ask me if it's too late to retrieve your perfumed planet. I believe there's always a way, but it may hurt you. If you are taking the risks go see what the Little Prince has to tell you.

Love,

The Fox!

Vanessa Emmanuelle.